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Por que escrevo? Escrevo para tornar a minha realidade possível. Desta forma, através da escrita, viajo por lugares em diversos tempos. Foi através da escrita, que me permiti dar vazão a minha imaginação. Afinal, o papel aceita tudo e me aproveito disto. Observação: Os textos aqui publicados são protegidos pela Lei dos Direitos Autorais de nº 9610/98. Para divulgação de outras mídias, peça autorização ao autor. Poesias publicadas no livro "Solidão".

domingo, 4 de março de 2012

Amor pela dor.

AMOR PELA DOR

Em nome do amor, há quem abandone o santuário doméstico, relegando os vínculos da sua redenção a temporário esquecimento...
Em nome do amor, há quem se confie a tragédias passionais, investindo contra o objeto da própria devoção afetiva, através da delinquência e da morte...
Em nome do amor, há quem provoque separação e desespero, portas a dentro do lar, convetendo-o em inferno de lágrimas a quatro paredes...
Em nome do amor, há quem menospreze o próprio corpo, arrojando-se a despenhadeiros de remorso e sofrimento, pelo desvão do suicídio...
Em nome do amor, há crianças desamparadas, velhinhos sem teto, doentes sitiados em rudes privações, e almas feridas entre pesadelos e aflições irremediáveis...
Entretanto, semelhantes delitos, em nome da luz que equilibra o Universo, são perpetrados pela violência e pelo ciúme, pela cegueira e pela incompreensão do egoísmo - o apego desvairado a nós mesmos - , em cuja concha de trevas habitualmente nos ocultamos, fugindo à excelsitude do amor genuíno pelo amor de sofrer.
Aceitemos a luta por instrutora de nossa existência, como quem sabe que nada existe sem preço.
Adquiramos o tesouro do amor pelo aproveitamento da dor.
Recebamos as lições da renúncia e o próprio sacrifício por jorros de claridade celeste, nas sombras de nosso "eu", e, aprendendo que mais vale dar que receber, o amor transformará a face de nossos destinos, porque tomará nosso coração por trono de sua glória e, ensinando-nos a entender e ajudar a todos, fará de nossa vida o santuário resplandecente e sublime da Vontade Justa e Misericordiosa de Deus.


Emmanuel

extraído do livro "Correio Fraterno" - Francisco C.Xavier - pg. 94 - 1ª ed., FEB

Preço da Luz.


Agradeço as preçes que me deste, sem que eu soubesse compreendê-las.
Roguei-te a paz e me enviaste as tribulações que me tulmutuaram o recanto da ação, compelindo-me a lutar, por dentro de mim, para asserenar aqueles que me cercam e somente após reconhecê-los tranquilos é que reconheci a paz de todos eles, habitando-me no coração.
Supliquei-te defesa e determinaste que forças contrárias ao meu reconforto me atingissm o espírito e o ambiente em que me encontro, obrigando-me a grande esforço para criar refúgio e apoio para quantos me confiaste ao amor e, apenas depois de observá-los felizes é que reconheci comigo a alegria de todos eles em forma de segurança.
Obrigado, Senhor, porque não me doaste aquilo de que eu precisava, segundo as minhas requisições e sim de acordo com as minhas necessidades .
E agradeço, ainda, porque me mostraste, sem palavras, a significação do ensino que transmitiste ao teu apóstolo da humildade:
- "É dando que se recebe."

Meimei

Extraído do livro "Deus Aguarda" - Francisco C. Xavier - ed. GEM

Calma para o Êxito.

Calma para o Êxito

Em todos os passos da vida, a calma é convidada a estar presente.

Aqui, é uma pessoa tresvairada, que te agride...

Ali, é uma circunstância infeliz, que gera dificuldade...

Acolá, é uma ameaça de insucesso na atividade programada...

Adiante, é uma incompreensão urdindo males contra os teus esforços...

É necessário ter calma sempre.

A calma é filha dileta da confiança em Deus e na Sua justiça, a expressar-se numa conduta reta que responde por uma atitude mental harmonizada.

Quando não se age com incorreção, não há por que temer-se acontecimento infeliz.

A irritação, alma gêmea da instabilidade emocional, é responsável por danos, ainda não avaliados, na conduta moral e emocional da criatura.

A calma inspira a melhor maneira de agir, e sabe aguardar o momento próprio para atuar, propiciando os meios para a ação correta.

Não antecipa, nem retarda.

Soluciona os desafios, beneficiando aqueles que se desequilibram e sofrem.

Preserva-te em calma, aconteça o que acontecer.

Aprendendo a agir com amor e misericórdia em favor do outro, o teu próximo, ou da circunstância aziaga, possuirás a calma inspiradora da paz e do êxito.

* * *

Divaldo P. Franco.
Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis. Alvorada.

Crédito: http://www.espirito.org.br/portal/mensagens/m1068.html

Bem e Mal Sofrer

Bem e Mal Sofrer

Quando o Cristo disse: "Bem-aventurados os aflitos, o reino dos céus lhes pertence", não se referia de modo geral aos que sofrem, visto que sofrem todos os que se encontram na Terra, quer ocupem tronos, quer jazam sobre a palha. Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. Ele já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcionado às forças, como a recompensa o será à resignação e à coragem. Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a aflição. Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações.

O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente, porque o repouso no campo nenhuma ascensão de posto lhe faculta. Sede, pois, como o militar e não desejeis um repouso em que o vosso corpo se enervaria e se entorpeceria a vossa alma. Alegrai-vos, quando Deus vos enviar para a luta. Não consiste esta no fogo da batalha, mas nos amargores da vida, onde, às vezes, de mais coragem se há mister do que num combate sangrento, porquanto não é raro que aquele que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral. Nenhuma recompensa obtém o homem por essa espécie de coragem; mas, Deus lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa. Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei, de vós para convosco, cheio de justa satisfação: "Fui o mais forte."

Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. - Lacordaire. (Havre, 1863.)

Crédito: http://www.espirito.org.br/portal/mensagens/m1247.html




Lições do Cotidiano

"Lições do Cotidiano"

Michel trabalhava em um hotel fazenda como instrutor de pesca. Seguro de si, por vezes ria intimamente dos erros cometidos pelos pescadores iniciantes. Eles pareciam tão tolos. Pescadores de final de semana.

Com certeza, o tipo mais extravagante que ele já conhecera era aquele que estava em sua frente. Parecia um modelo de catálogo de roupas esportivas.

O colete de pescaria era novo. Estava tão duro que parecia engomado. Todo o equipamento de pesca reluzia. Era especialmente novo. O feltro das botas era branco como neve. A vara de pescar nunca tinha sido usada e a carretilha estava montada na posição contrária.

Rico e exigente, pensou o instrutor.

No entanto, quando estendeu a mão recebeu um aperto forte e sincero.

A mulher do principiante tirou uma foto como lembrança e depois os deixou a sós.

O instrutor acertou a posição da carretilha. O aprendiz deu de ombros e riu de si mesmo. A lição de arremesso da linha foi ali mesmo no gramado. Depois foram para o rio.

Quando o principiante apanhou o primeiro peixe, soltou gritos de alegria. Na sequência, a cada peixe que pescava, fazia novos comentários.

Não é lindo? Fantástico? Maravilhoso? Enfim, todos os peixes, não importando o tamanho, eram louvados como pedras preciosas.

Quando, ao final da tarde, a pescaria acabou, ele se voltou sorridente e agradecido para o instrutor e confessou:

Quero lhe dizer uma coisa. Este foi um dos melhores dias da minha vida. Não era para eu estar aqui agora. Estive muito doente e os médicos acreditaram que eu não sobreviveria.

Mas eu acreditei que sobreviveria. Melhorei muito e minha mulher me deu de presente todo este equipamento porque sempre desejei pescar com isca artificial. Esta viagem é uma espécie de comemoração para nossa família.

O instrutor ficou sem fala. Ele pensara tantas coisas a respeito daquele homem, que parecia quase um tolo, a gritar de alegria por cada peixe retirado da água.

E, contudo, ele estava comemorando a vida. A sua saúde. A possibilidade de ficar com os seus, na Terra, por mais um período.

Quando o instrutor o deixou na cabana, onde a esposa e os filhos o esperavam, pôde perceber que a nuvem escura que pairava sobre eles havia passado. Que eles podiam se divertir com algo tão simples como férias em família.

Enquanto retornava para seu próprio lar, o instrutor pensou que, no dia seguinte, partiria ao encontro de um novo pescador.

Mas, com certeza, nunca mais permitiria que roupas engomadas e caras ou uma carretilha ao contrário o levassem a acreditar que o aprendiz não teria alguma coisa para lhe ensinar.

* * *

A vida é uma escola inesgotável. A natureza é mestra. São mestres todos os seres. Alguns nos ensinam a paciência, outros a gratidão.

Alguns são mestres em renúncia e sabem conjugar o verbo ajudar de uma forma muito especial.

Aqueles que são espontâneos, que sabem sorrir com facilidade, que explodem em adjetivos pelo sol que nasce, a chuva que cai, a grama que cresce nos ensinam que o espetáculo da vida é inigualável.

Que ela é feita de pequenas coisas que são extremamente importantes. Basta que saibamos olhar, descobrir, desfrutar.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo Um dia de pescaria, de Seleções Reader´s Digest, de agosto de 2000.

Crédito: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3346&stat=0